![]() | ||
Auditoras e auditores fiscais tributários atendem à deliberação de assembleia e param por 24h para sensibilizar o governo a abrir mesa de negociações
Auditores e auditoras fiscais tributários de Sergipe realizaram uma paralisação de 24h em todas as unidades da Sefaz/SE (sede, postos fiscais e Ceacs), atendendo à convocação do Sindicato do Fisco do Estado de Sergipe (SINDIFISCO/SE), nesta terça-feira (03/06). Um dia antes (02/06), o Sindicato promoveu o protesto animado e participativo denominado ‘Forró do Calote’, em frente à sede da Secretaria da Fazenda (Sefaz/SE). Logo após os protestos, o Sindicato também protocolou dois ofícios: um direcionado ao governador Fábio Mitidieri e outro para a secretária Estadual da Fazenda, Sarah Tarsila Andreozzi, solicitando às duas autoridades uma reunião para discutir as reivindicações da categoria apresentadas em 2024.
O presidente do Sindifisco/SE, José Antônio, considerou a participação da categoria nos dois atos desta semana como "um sucesso total". "Os auditores e auditoras atenderam plenamente a decisão da assembleia. A categoria demostrou unidade e força, tanto no Forró do Calote quanto na paralisação de 24h. Agora, a diretoria fará uma avaliação desses últimos atos e, possivelmente, convocaremos a categoria para novas mobilizações, não estando descartada uma greve geral por tempo indeterminado", afirmou José Antônio.
Ele expressou a expectativa do Sindicato: "Esperamos que essa demonstração de unidade e determinação do Fisco estadual quebre a insensibilidade do governo e faça com que o governo sente e negocie efetivamente a pauta apresentada. É essa a nossa expectativa, isso porque a categoria demonstrou que está determinada a exigir seus direitos, em especial o direito negociado e pactuado na regulamentação do Bônus de Aumento da Produtividade (BAP), que foi objeto de negociação em 2023. Essa medida (BAP) representará menos de 5 centésimos de acréscimo no aumento de despesa com pessoal, um valor ínfimo", ressaltou o presidente, enfatizando que a união e determinação da categoria são fundamentais para a conquista da pauta aprovada nas assembleias e apresentada à Sefaz.
No ato do “Forró do Calote”, José Antônio já havia comemorado o envolvimento dos colegas auditores no protesto. “A categoria, em uma demonstração de unidade, deu o recado ao governo estadual e à Sefaz de que a gente não aceita ficar mais um ano sem recomposição salarial. A categoria tem perdas salariais acumuladas em mais de 40%. E nem a própria promessa do governador de aproximar a média salarial do Fisco Nacional será cumprida desse jeito. O único estado que estava atrás do nosso salário era a Paraíba, mas eles tiveram revisão salarial. Hoje somos efetivamente as lanternas dos Fiscos Estaduais do Brasil, do ponto de vista salarial. Perdemos esse posto para a Paraíba, que agora é a penúltima. Não podemos aceitar essa condição. Se neste momento de aumento crescente da receita estadual, não tivermos a capacidade de sensibilizar o governo para recompor essas perdas, o futuro será mais difícil. A hora é agora, o Fisco exige respeito, cumpra-se o que foi negociado", destacou José Antônio.
Por Déa Jacobina Asco do SINDIFISCO/SE