Por unanimidade, conselheiros do Fisco sergipano afirmam que a categoria não aceitará nenhuma proposta do governo estadual que exclua aposentados e pensionistas
Como praxe e sem caráter deliberativo, o Conselho de Representantes do Sindicato do Fisco de Sergipe (SINDIFISCO/SE) se reuniu na tarde desta quarta-feira, 9 de julho. O objetivo foi avaliar as ações realizadas (a Greve de 48h do Fisco e o Dia de Luta dos Servidores pela Revisão Salarial) e, junto à diretoria do sindicato, amadurecer sugestões de propostas a serem apresentadas e deliberadas pela categoria. A nova assembleia será realizada nesta quinta-feira, 10 de julho, às 15h30, no auditório do SINDIFISCO/SE.
Em plena mobilização para retomar as negociações com o governo estadual, os conselheiros consideram inusitada e desrespeitosa a forma como o governador Fábio Mitidieri anunciou, pelas redes sociais, que estaria “enviando à Assembleia Legislativa o projeto do Incentivo à Modernização da Relação Fisco-Contribuinte (IMFC)”.
Anúncio antissindical
Por unanimidade, os conselheiros consideraram a atitude desrespeitosa à representação sindical, pois em nenhum momento a proposta foi discutida com a direção do SINDIFISCO. “E, com o mesmo entendimento unânime, os colegas do Conselho de Representantes têm a convicção de que a categoria não aceitará propostas divisionistas que excluam os aposentados e pensionistas de qualquer acordo nas negociações. Mesmo sem conhecer o teor e os detalhes da minuta de PL a ser apresentado à Alese, [sabemos que] é uma cópia do que acontece no Estado de Alagoas. Portanto, sem entrar na análise de mérito, ficou entendido que o IMFC será concedido apenas aos servidores da ativa, uma espécie de verba indenizatória”, afirma o presidente do SINDIFISCO, José Antônio.
Também foi consenso na reunião do Conselho que a categoria não descarta o avanço das negociações, entretanto, entende que toda e qualquer proposta para os ativos deve ser estendida a aposentados e pensionistas. “Amanhã, na assembleia, a diretoria do sindicato apresentará uma nova proposta de paralisação, desta vez de quatro dias seguidos, a menos que, até a hora da assembleia, o governo apresente uma contraproposta ou abra canal de negociações para discutir o teor do IMFC”, afirma José Antônio.
Por Déa Jacobina Ascom do SINDIFISCO/SE
