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Sindifisco, 18/12/2025

Fisco em Ação: trabalho árduo e resultados históricos no final de 2025

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Diferente do cenário observado em Sergipe, onde a categoria ainda aguarda avanços em seus direitos, os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Tocantins consolidaram marcos históricos de valorização do Fisco

 

As ações realizadas pelo Fisco de Sergipe neste final de ano demonstram o alto empenho dos auditores e das auditoras fiscais no combate à sonegação. A arrecadação em novembro cresceu mais de 8% — o dobro da inflação —, apesar do cenário de desaceleração do crescimento econômico. No entanto, em contrapartida ao esforço demonstrado, a categoria enfrenta severas dificuldades para avançar na conquista de direitos básicos e na valorização da carreira pelo Governo do Estado.

 

Com base em dados oficiais, o ano de 2025 consolidou-se como um período de combate rigoroso à sonegação fiscal em Sergipe, com operações intensificadas neste último trimestre. O encerramento do ano reafirma o papel essencial dos auditores e auditoras fiscais tributários da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz/SE) como verdadeiros guardiões da economia sergipana. Por meio de um trabalho técnico incansável, o Fisco estadual garantiu recursos públicos para financiar investimentos em infraestrutura, saúde, segurança e educação.

 

Atuação do Fisco de Sergipe no encerramento do ano

Neste final de 2025, o empenho da categoria ficou evidente com a deflagração de novas etapas da Operação Fisco Presente. Sob o sol das rodovias e no interior dos estabelecimentos, as equipes de fiscalização percorreram diversos municípios de Sergipe. O olhar atento dos auditores resultou na identificação de fraudes complexas, como o uso de máquinas de cartão em CPFs de terceiros e a existência das chamadas “empresas noteiras” — estabelecimentos de fachada criados para emitir notas fiscais falsas ou inidôneas.

 

Nas fronteiras, a atuação da Fiscalização de Trânsito também alcançou números expressivos. Em uma única ação estratégica no Posto de Cristinápolis, o rigor técnico dos auditores permitiu a recuperação de quase R$ 300 mil em impostos devidos. Somado a isso, as blitzes itinerantes garantiram o recolhimento de milhares de reais em cargas diversas, combatendo diretamente a concorrência desleal que prejudica o bom empresário sergipano. Além disso, o trabalho árduo da categoria estendeu-se ao suporte técnico fundamental para o sucesso do Refis 2025. Esses resultados não são casuais; são fruto do compromisso ético e da expertise de servidores que seguem vigilantes para que Sergipe cresça com justiça e transparência.

 

Sergipe contrasta com estados que valorizam o Fisco

Diferente do cenário observado em Sergipe, os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Tocantins consolidaram marcos históricos de valorização do Fisco entre 2024 e 2025. No Ceará, a aprovação da Lei Orgânica da Administração Fazendária (LOAF) pôs fim a uma espera de 20 anos. No Rio Grande do Norte, a sanção da LOAT assegurou a independência técnica dos auditores e estabeleceu o adicional de periculosidade de 30%, além do retorno do anuênio. Já em Pernambuco e Tocantins, a mobilização resultou na equiparação do teto salarial a 100% do subsídio dos ministros do STF. Em Pernambuco, também foi conquistada a conversão de licença-prêmio e férias não gozadas em pecúnia.

 

“Enquanto outros estados avançam com legislações modernas que blindam a carreira e reconhecem a importância estratégica do Fisco, Sergipe caminha na contramão dessa tendência regional. O cenário nos estados vizinhos é uma prova de que a valorização do Auditor Fiscal reflete diretamente na eficiência do Estado. Veja o caso de Pernambuco, onde os servidores serão indenizados por suas licenças e férias não gozadas; em Sergipe, a Sefaz faz terrorismo forçando o gozo da licença contra a vontade dos auditores”, afirma o presidente do SINDIFISCO/SE, José Antônio.

 

Segundo o dirigente, nesses estados os governos enxergam o Fisco como estratégico e os colegas que ocupam cargos de gestão defendem ativamente a categoria. “Em Sergipe é o contrário: o governo não tem esse olhar e os colegas em cargos de mando são passivos ou trabalham contra os interesses da categoria”, pontua José Antônio.

 

Valorização do Fisco é uma construção coletiva

Para José Antônio, a valorização do Fisco é uma obra de construção coletiva que exige a união da categoria. “Vamos nos imbuir do espírito da filosofia Ubuntu: ‘Um por todos, todos por um’”. O Sindicato protocolou, em meados de setembro, um ofício com a pauta aprovada em assembleia para 2026 e solicitou reuniões com a secretária da Fazenda, Sarah Tarsila, mas, até o momento, houve silêncio total por parte da gestão. “Em janeiro, vamos convocar uma assembleia geral para discutir essas questões e definir os rumos do movimento”, informa o dirigente sindical.

 

Por Déa Jacobina Ascom do SINDIFISCO/SE